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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Crise na educação: "O analfabetismo prospera com o declínio da escola", afirma especialista

Foto: Google
 
Por Jornal do Brasil

A crise econômica e política no Brasil, que não parece ter data para acabar, vem afetando não apenas as taxas de emprego, a saúde e a segurança. A qualidade do ensino no país também vem sofrendo consequências. Especialistas na área de educação apontam que o quadro de anomia que vive o país pode ter impacto inclusive nos índices de analfabetismo. “O analfabetismo prospera com o declínio da escola“, afirmou a professora da faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF), Célia Linhares.
 
“A escola é uma das instituições mais importantes para o desenvolvimento de um país. No quadro político atual, o que temos visto é uma situação que se deteriora cada vez mais, e se torna angustiante, com professores mal remunerados, crianças que não podem ir para a escola por um motivo ou por outro e pais que, por causa do desemprego, mudam de um lugar para outro”. De acordo com ela, dificuldades familiares como essas prejudicam a frequência escolar da criança, tornando o aprendizado mais difícil.
 
Também da faculdade de Educação da UFF, Zoia Prestes ressaltou que faltam políticas públicas direcionadas para enfrentar o analfabetismo no país. “Tinha que haver projetos em conjunto com as universidades, com programas de alfabetização feitos pelos próprios cursos”, opinou.
O analfabetismo já é uma chaga antiga no Brasil. Em 2013, quando o país ainda não estava em uma severa crise econômica, os números apresentavam uma alta pela primeira vez em 15 anos, com um aumento de aproximadamente 300 mil analfabetos entre 2011 e 2012, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), divulgada pelo IBGE na época.
 
O Pnad de 2015 demonstrava que a taxa de analfabetismo de pessoas de 10 a 14 anos de idade era de 1,6%, a taxa de analfabetismo das pessoas de 10 anos ou mais de idade era de 7,4%, e a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade era de 8%.
 
Em um país no qual quase um quarto da população (45,9 milhões) é de pessoas entre 0 a 14 anos, a valorização da escola é fundamental, como afirma Célia. “O aumento da evasão escolar contribui para o aumento do tráfico e da criminalidade. Se você não vai para a escola, qual o caminho que você vai seguir?”, reitera a professora.
 
Edwiges Zaccur, que é professora no mesmo curso, concorda e complementa: "Eu queria ver 100 mil pessoas na rua exigindo educação de qualidade. O que me incomoda é pensar que tanta gente sai de casa para protestar, mas não tem alfabetização política para exigir mudança. Precisamos de uma reforma política, por exemplo. Quarenta partidos políticos recebendo cota de fundo partidário, entra presidente, sai presidente e todos precisam fazer barganhas. É preciso que eles tenham medo de nós."
 
E a professora Célia Linhares conclui: “Como dizia Victor Hugo, abrir uma escola é fechar uma prisão. Como essa afirmação é atual no Brasil em que vivemos, no qual vemos crises de todos os tipos?”

C/ APEOESP

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