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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

LGBTfobia faz mais uma vítima: Matheus Camilo, estudante gaúcho

Para a 1ªdiretora LGBT da UNE é importante falar sobre a saúde mental das pessoas LGBTs tão abalada pela intolerância
Neste segunda-feira (16/1) a LGBTfobia fez mais uma vítima, Matheus Camilo, estudante de 16 anos, militante do movimento estudantil e LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) de Caxias do Sul (RS).
De acordo com os amigos nos últimos meses, ele vinha apresentando um quadro de isolamento e depressão que culminou no suicídio, fruto do preconceito de parte da família, que não o aceitava.
“É difícil, para nós que militamos pelos direitos da juventude, assimilar um acontecimento tão triste, com um jovem que tinha uma longa vida pela frente e que teve violado o seu direito mais fundamental – o direito de viver livremente, sem sofrer discriminação de qualquer espécie, inclusive por sua orientação sexual. Nossa luta é para que a juventude possa ter a esperança de uma sociedade melhor e mais justa, com a perspectiva de uma vida digna e feliz para todos”, destacou a nota da União da Juventude Socialista (UJS) de Caxias do Sul, entidade que Camilo integrava.
“Ele era estudante secundarista, e se aproximou da UJS no período das ocupações de 2015. Sempre foi participativo nas atividades e atos. Era quieto, na dele, mas sempre presente”, destacou o conterrâneo de Matheus, Josiel Rodrigues, diretor da UNE.
Dados preliminares do relatório de assassinatos entre a população LGBT no Brasil, feito anualmente pelo Grupo Gay da Bahia, mostram que 340 pessoas foram mortas por “LGBTfobia” em 2016. O estudo final deve especificar o número de suicídios também.
O ano de 2017 não parece que vai diminuir estes tristes índices. Levantamento do site homofobiamata.wordpress.com já traz 18 mortes e 4 suicídios desde o dia 01 de Janeiro. O site Buzzfeed Brasil divulgou pesquisas em que 59% dos LGBT já se sentiram discriminados. Dentre eles 13% desse preconceito veio por parte dos colegas da escola, 11% do preconceito vem dos familiares e 10% dos próprios pais das vítimas. E quanto mais jovens os LGBT, maiores os índices de denúncias: 49% dos pesquisados de até 24 anos relatam serem tratados com ironia e gozação, enquanto 24% dos que têm mais de 45 anos afirmam ter passado por essas situações
Para a diretora LGBT da UNE, Daniela Veyga, é importante conscientizar as pessoas sobre a saúde mental das pessoas LGBTs. Para ela o preconceito da sociedade e a pressão familiar acabam colaborando para esse triste desfecho. “O ambiente em que o jovem convive pode fazer muita diferença, por isso a nossa luta dentro das escolas e universidades de todo o Brasil por igualdade e respeito”.
*Os dados de “Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil” – Editora Fundação Perseu Abramo e Instituto Rosa Luxemburg. “Relatório 2015 – Assassinatos de LGBT no Brasil” – Grupo Gay da Bahia. “Relatório sobre Violência Homofóbica no Brasil, o ano de 2012” – Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República.

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