Por Natália Petrin em 10/05/2014
Salvo em Brasil, História
Você já ouviu falar em quilombos? Nos séculos XVII e XVIII, o Brasil viveu o período de escravidão. O termo quilombo era usado para…
Você já ouviu falar em quilombos? Nos séculos XVII e XVIII, o Brasil viveu o período de escravidão. O termo quilombo era usado para denominar os lugares escondidos e fortificados, localizados no meio das matas, em que os escravos negros refugiavam-se em suas fugas. Viviam nesses locais de acordo com suas culturas, sobrevivendo com plantações da comunidade, com música, dança e manifestações religiosas condizentes com suas culturas. Para os portugueses em 1740, o termo era entendido como o agrupamento de cinco ou mais negros fugidos. Os negros que viviam em quilombos, recebiam o nome de quilombolas.
Foto: Reprodução
Representando resistência e combate à escravidão, os
quilombos marcaram a história do Brasil como uma forma de rejeitar a
maneira como os negros eram tratados, buscando justiça e dignidade para
todos os escravos. Além disso, marcaram a história como uma forma de
fazer sobreviver a sua cultura, o que favoreceu a formação da cultura
afro-brasileira.
O Quilombo dos Palmares
O Quilombo dos Palmares
é um dos mais famosos na história do Brasil. Com a invasão de
Pernambuco pelos holandeses em 1630, os senhores de engenho, em sua
maioria, acabaram abandonando as terras, o que favoreceu a fuga de
muitos escravos que se refugiaram no Quilombo dos Palmares, localizado
em Serra da Barriga, região onde atualmente está Alagoas. Em 1670, este
quilombo abrigava em média 50 mil escravos, que pegavam alimentos das
plantações em regiões próximas. O furto dos alimentos incomodava os
produtores, e isso fez com que os holandeses e o governo de Pernambuco
passassem a combatê-los.
Durante cinco anos, os negros do Quilombo dos Palmares lutaram chefiados por Zumbi, mas foram derrotados.
Os quilombolas nos dias de hoje
Atualmente, alguns quilombos que foram estabelecidos em
locais afastados permanecem ativos, mesmo depois da abolição da
escravatura. São chamados hoje em dia de comunidades quilombolas, e são
cerca de 1500 certificados pela Fundação Palmares. As comunidades
existentes estão, em sua maioria, localizadas em estados das regiões
Norte e Nordeste. Os integrantes dessas comunidades mantêm, até os dias
de hoje, fortes laços com sua cultura, fazendo com que sobrevivam as
suas tradições, práticas religiosas, formas de trabalho e sistemas de
organização social.
Um decreto de novembro de 2003 regulamentou procedimentos
para identificar, delimitar e reconhecer, além de dar aos negros
descendentes daqueles que foram vítimas da escravidão, propriedade das
terras ocupadas pelas comunidades, que são reconhecidas e amparadas
perante a lei brasileira.
Fonte: http://www.estudopratico.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário